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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PSB critica PMDB e nega apoio a Renan à presidência do Senado



O PSB, partido da base do governo, não vê possibilidade de apoiar a candidatura do líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), à presidência do Senado. A líder Lídice da Mata (BA) criticou nesta quarta-feira (30) a postura do PMDB, dono da maior bancada, por não ter até agora indicado oficialmente seu nome para assumir o comando a dois dias da eleição, marcada para a próxima sexta-feira (1º). “Não concordamos com o processo como está sendo desenvolvido. Sequer temos a formalização de candidaturas e estamos às vésperas da eleição de uma casa legislativa da maior importância para a vida política do povo”, afirmou a senadora. “O PMDB define o nome que quiser, mas nós podemos dizer é que, nestas circunstâncias, o partido não votará em Renan Calheiros”. Nesta quarta-feira, o PSB divulgou nota, assinada por Lídice e outros três senadores, para cobrar “compromisso firme com a ética” e usar a oportunidade (da troca de comando) para resgatar a “dignidade do Senado”. Lídice mencionou ainda as denúncias que pesam contra Renan, que foi denunciado ao STF pelo procurador-geral Roberto Gurgel na semana passada. O líder do PMDB teria apresentado notas frias para justificar seu patrimônio. Para a senadora, o fato coloca em risco a independência do Senado caso o peemedebista seja eleito. “Achamos que neste processo o nome de Renan complica mais ainda, porque há claramente denúncias e acusações que pesam sobre a candidatura dele. À medida que ele não se coloca como candidato, não se pode discutir isso abertamente”. Segundo a nota do PSB, a atuação do Congresso e do Senado tem deixado a desejar, e os “cidadãos e cidadãs, com toda justeza, queixam-se da ineficiência, do desrespeito à ética, da falta de maior sintonia com as grandes aspirações da nação”. Lídice da Mata lembrou de temas importantes que passaram pelo Parlamento em 2012 e não tiveram uma resposta adequada à sociedade, como o Orçamento, que não foi votado; o Fundo de Participação dos Estados, cujo critério de distribuição não foi definido; e a CPI do Cachoeira, que terminou sem indiciar ninguém. “Há uma grande insatisfação expressa na opinião pública. É um momento de fazermos uma autocrítica”.

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