HINO CINQUENTENÁRIO

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Fernando Bezerra pode cair na nova reforma ministerial de Dilma


 A presidente Dilma Rousseff já tem por onde começar a sua reforma ministerial. A julgar pela disposição dos principais líderes do PSB, o partido quer mesmo antecipar seu posicionamento na sucessão presidencial de 2014, lançar o quanto antes a candidatura do governador Eduardo de Campos, de Pernambuco, e promover uma disputa particular com o PSDB sobre a primazia de liderar a oposição ao PT. É insustentável, nesse plano, a permanência do ministro da Integração Regional, Fernando Bezerra, no cargo. Interessado em ficar, porém, Bezerra tem procurado contemporizar os ânimos em seu próprio partido, disparando recados de que a decisão de lançar Campos contra Dilma não será tomada. "O PSB é um aliado de primeiro momento do PT no governo federal", disse o ministro, no sábado de carnaval, em meio ao desfile do tradicional bloco Galo da Madrugada, em Recife. Para ele, as críticas do governador Campos à administração federal são "discussões para aproximar o partido da sociedade e ajudar o País". Ele julga como natural a disposição da agremiação em planejar uma candidatura própria, mas adianta que essa estratégia ainda não estaria madura entre os socialistas. "Todo partido busca o poder, nenhum pensa em ser sempre auxiliar. Só que temos um compromisso com uma aliança, o ambiente é de diálogo entre PT e PSB", defendeu Bezerra Coelho. Apesar da defesa, o descontentamento de Dilma com o desempenho de Bezerra já circula entre as colunas de bastidores políticos de Brasília. Além do baixo índice de realizações do PAC 2 no Nordeste, pesam contra ele as movimentações do PSB em oposição ao PT em áreas estratégicas como o governo do Distrito Federal, de grande visibilidade política. Apesar de deter mais de 60 cargos na administração do GDF, o PSB anunciou no ano passado o seu desembarque da base aliada do governador Agnelo Queiroz, do PT. O gesto desagradou Dilma, que tem em Agnelo um correligionário que não lhe cria problemas. A partir da cadeira de Fernando Bezerra, Dilma poderá iniciar a remontagem de áreas importantes de sua administração. Caso o PSB consume efetivamente o gesto de romper com o governo, toda a habilidade verbal de Bezerra, demonstrada em pleno carnaval, terá sido vã. Informações Brasil 247.

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