Durante a votação, ontem, na Câmara Federal, de proposta do líder do DEM, Mendonça Filho, subscrita pelo PSDB e PPS, capaz de alvejar a Petrobrás, já que prevê a criação de uma comissão para investigar denúncias de propina envolvendo funcionários da estatal, o governo recorreu à obstrução. A tática costuma ser usada pela oposição, que, em condição de minoria, não dispõe de armas de alto poder para atrapalhar a vida do Governo. A estratégia já sinalizava para a fragilidade da ala governista, ameaçada pela insatisfação do PMDB, liderado por Eduardo Cunha. O processo culminou com a derrota do governo por 267 (maioria absoluta) a 28. Mais cedo, a presidente Dilma, no Chile, havia saído com a curiosa declaração: “O PMDB só me dá alegrias”. Desde que Dilma assumiu, o espaço do PMDB encolheu na Esplanada dos Ministérios. A presidente não queria Cunha líder, acha ele mestre do fisiologismo. Mas sendo a aliança básica da governabilidade PMDB-PT, é “melhor ser alegre que ser triste”, como diria Vinícius de Moraes.
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